quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Anos 20 - As Melindrosas

No século XX, a moda deixa de ser encarada como uma atividade frívola. A moda se democratiza e se torna ao alcance de todos, por causa da industrialização de roupas em grande escala, e, principalmente, devido à difusão feita pelos meios de comunicação em massa.

Com a Primeira Guerra Mundial, as sufragistas, as epidemias, o desastre do Titanic e a popularização do cinema mudo, o mundo se transformou, gerando reflexos na moda. Sobretudo as influências da Grande Guerra convencem que a moda está diretamente ligada às modificações que atingem a sociedade em seus vários aspectos, pois a vida social ficou limitada, os espetáculos praticamente desapareceram, as mulheres de classe alta foram convocadas para ajudar em enfermarias, orfanatos e outros setores, e, as de classe mais baixa foram exercer ofícios masculinos em fábricas.

As mudanças na vida social, de certa forma tornaram mais aceitáveis as simplificações antes propostas por Paul Poiret. Nessa época surgiu o soutien, criado por Mary Phelps. A influência oriental veio à tona pelas mãos de Paul Poiret, que inseriu modelos exóticos, mas simples e coloridos.
No pós-guerra, o período conhecido como Années Folles (Anos Loucos), a alta-costura voltou-se para uma nova clientela: atrizes, atores, escritores e outros artistas, além de americanos que enriqueceram com a guerra, e uns poucos nobres que subsistiram. Esse novo público frequentava boates da moda, onde o jazz fazia sucesso. Montparnasse tornou-se o "bairro da moda" em Paris. Segundo Hemingway, Paris era, para os artistas, uma "permanente festa”.

1.929
GRUPO: Francisco, Letícia Garcia e Marina

F. SCOTT FITZGERALD


Nascimento: Francis Scott Key Fitzgerald, 24 de setembro de 1896 (St.Paul, EUA).
Morte: 21 de dezembro de 1940 (Hollywood, EUA).

Estilo e gênero: Fitzgerald forneceu um toque de elegância à decadência da era do jazz. Seus personagens transbordam com indiferença e imensos e fatais defeitos.

        F.Scott Fitzgerald levou a vida em ritmo veloz, como se já previsse a brevidade da sua existência. A paixão de escrever moldou sua personalidade desde cedo e as primeiras histórias foram publicadas em uma revista da escola. Oriundo de família católica irlandesa, ingressou na Universidade de Princeton, mas não chegou a se formar. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele entrou para o Exército como voluntário, mas continuou a escrever matérias para revistas e letras para canções, e também a tentar, sem sucesso, a publicação do primeiro romance, The Romantic Egoist (1917). Depois da guerra, Fitzgerald trabalhou em publicidade, experiência que afiou a visão enfastiada e cínica que transmitiria nos romances.
Fitzgerald era a personificação da era do jazz - e ele tornou a própria era do jazz um personagem decisivo em toda a sua obra.
        Seus personagens, tão atraentes e cheios de vida, frequentemente se condenam a inevitáveis fracassos e misérias, pois o excesso cobra um preço e costuma levar à tragédia, deprimente denúncias sobre a vida do próprio Fitzgerald. Ele criou a "melindrosa", mulher moderna, independente e muitas vezes polêmica. Casou-se com uma: o diálogo pronunciado por suas personagens frequentemente saía da boca de sua esposa, Zelda Sayre.
        Com o primeiro sucesso, Este lado do paraíso, os Fitzgerald dispuseram de renda para viajar muito e levar uma existência privilegiada e glamourosa. Viviam em permanente estado de tensão e hedonismo e Fitzgerald escreveu intensamente sobre o assunto, incorporando experiências pessoais a suas obras de ficção, como Os belos e malditos - nome bem sugestivo - e seu livro mais famoso, O grande Gatsby. A esquizofrenia da esposa e suas tentativas de lidar com o problema são descritas de forma amorosa e trágica em Suave é a noite. Ele morreu antes de concluir o romance O último magnata. A obra, o estilo e a vida de Fitzgerald levaram a textos subversivos e underground, exemplificados por Jack Kerouac nos anos 1960.
Fitzgerald não legou para os Estados Unidos apenas a era do jazz retratada em palavras, mas também abriu as portas para que fossem expostos os elementos menos palatáveis da vida.

Principais obras:

Romances
Este lado do paraíso, 1920
Os belos e malditos, 1922
O grande Gatsby, 1925
Suave é a noite, 1934
O último magnata, 1941

Contos
Flappers and Philosophers, 1920
Contos da era do jazz, 1922
All the Sad Young Men, 1926
The Pat Hobby Stories, 1962
The Collected Short Stories of F. Scott Fitzgerald, 2000

Não ficcção
The Crack-up, 1945


 O rosto de uma moça flutua sobre Coney Island na capa de O grande Gatsby, 1925


Texto: 501 Grandes escritores - Julian Patrick - Editor Geral.


Postado pelo grupo: Adriane, Ana Paula e Edmar.