quarta-feira, 10 de outubro de 2012

F. SCOTT FITZGERALD


Nascimento: Francis Scott Key Fitzgerald, 24 de setembro de 1896 (St.Paul, EUA).
Morte: 21 de dezembro de 1940 (Hollywood, EUA).

Estilo e gênero: Fitzgerald forneceu um toque de elegância à decadência da era do jazz. Seus personagens transbordam com indiferença e imensos e fatais defeitos.

        F.Scott Fitzgerald levou a vida em ritmo veloz, como se já previsse a brevidade da sua existência. A paixão de escrever moldou sua personalidade desde cedo e as primeiras histórias foram publicadas em uma revista da escola. Oriundo de família católica irlandesa, ingressou na Universidade de Princeton, mas não chegou a se formar. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele entrou para o Exército como voluntário, mas continuou a escrever matérias para revistas e letras para canções, e também a tentar, sem sucesso, a publicação do primeiro romance, The Romantic Egoist (1917). Depois da guerra, Fitzgerald trabalhou em publicidade, experiência que afiou a visão enfastiada e cínica que transmitiria nos romances.
Fitzgerald era a personificação da era do jazz - e ele tornou a própria era do jazz um personagem decisivo em toda a sua obra.
        Seus personagens, tão atraentes e cheios de vida, frequentemente se condenam a inevitáveis fracassos e misérias, pois o excesso cobra um preço e costuma levar à tragédia, deprimente denúncias sobre a vida do próprio Fitzgerald. Ele criou a "melindrosa", mulher moderna, independente e muitas vezes polêmica. Casou-se com uma: o diálogo pronunciado por suas personagens frequentemente saía da boca de sua esposa, Zelda Sayre.
        Com o primeiro sucesso, Este lado do paraíso, os Fitzgerald dispuseram de renda para viajar muito e levar uma existência privilegiada e glamourosa. Viviam em permanente estado de tensão e hedonismo e Fitzgerald escreveu intensamente sobre o assunto, incorporando experiências pessoais a suas obras de ficção, como Os belos e malditos - nome bem sugestivo - e seu livro mais famoso, O grande Gatsby. A esquizofrenia da esposa e suas tentativas de lidar com o problema são descritas de forma amorosa e trágica em Suave é a noite. Ele morreu antes de concluir o romance O último magnata. A obra, o estilo e a vida de Fitzgerald levaram a textos subversivos e underground, exemplificados por Jack Kerouac nos anos 1960.
Fitzgerald não legou para os Estados Unidos apenas a era do jazz retratada em palavras, mas também abriu as portas para que fossem expostos os elementos menos palatáveis da vida.

Principais obras:

Romances
Este lado do paraíso, 1920
Os belos e malditos, 1922
O grande Gatsby, 1925
Suave é a noite, 1934
O último magnata, 1941

Contos
Flappers and Philosophers, 1920
Contos da era do jazz, 1922
All the Sad Young Men, 1926
The Pat Hobby Stories, 1962
The Collected Short Stories of F. Scott Fitzgerald, 2000

Não ficcção
The Crack-up, 1945


 O rosto de uma moça flutua sobre Coney Island na capa de O grande Gatsby, 1925


Texto: 501 Grandes escritores - Julian Patrick - Editor Geral.


Postado pelo grupo: Adriane, Ana Paula e Edmar.

14 comentários:

  1. Fitzgerald teve uma vida sem privações,viajou, casou-se com uma Melindrosa, e representou a era do Jazz.

    Alcilene.

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  2. É impressionante o cinismo e a frieza de alguns personagens de Fitzgerald. Uma superficialidade fútil que bera a crueldade para com o outro e não deixa de insinuar algum ódio a si mesmo. A riqueza retratada como valor de beleza contrasta com a dignidade sincera de alguns personagens. Aliás, cinismo e sinceridade saltam da obra de Fitzgerald e colocam as relações sociais contra a parede, colocam o leitor diante do humano nu e cru, bem, uma nudez revestida de ricas roupas finas... mas, ainda assim, nudez.

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  3. Incrível a forma como Fitzgerald consegue descrever suas personagens e ambientes é possível imaginar cada um dos ambientes em suas obras, cinematograficamente.

    A crítica social presente em “O grande Gatsby” nos dá, também, uma grande dimensão de como foi a Era do Jazz, faz com que possamos realmente viajar décadas no passado, uma verdadeira viagem no tempo!

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  4. Acabei de ler hoje - quanta demora!, culpa do TCC -, "The great Gatsby". Agora peguei Jane Austen e logo fiz uma comparação entre as duas obras. Apesar do espaço de tempo entre elas, é interessante notar que ambos os escritores fizeram de seus livros um retrato de suas épocas de forma crítica.
    F. C. Fitzgerald, contudo, usou poucas descrições para caracterizar os momentos de seus personagens. A ação e a postura deles foram usados para mostrar seus caráter. Como no exemplo abaixo:
    - Eu (Daisy) adoro vê-lo sentado à mesa, Nick. Você me lembra ... uma rosa, uma rosa absoluta.
    Só uma mulher muito desligada do mundo chamaria um homem de rosa e ainda por cima uma rosa absoluta. E este fragmento abaixo:
    - Vamos, Daisy - disse Tom, empurrando os ombros dela em direção ao carro de Gatsby.
    O autor não precisou escrever os modos de Tom, pois o fato dele empurrar alguém para o carro já diz tudo.
    Isso dá dinamismo ao livro.

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  5. F.S Fitzgerald, sem dúvida é um dos maiores escritores americano. Em O grande Gatsby, seus personagens tem características especificas de egocentrismo - as aparências importam muito mais do que o caráter, o escritor coloca a questão das diferenças sociais (com a industrialização dos EUA), a Lei Seca, a era do jazz, e o foco principal a obsessão do personagem Gatsby, por alcançar o sonho americano e conquistar seu amor de adolescência - Daisy.
    Como a Ana Paula comentou, a descrição dos ambientes é riquíssima, convidando o leitor a essa viagem no tempo.

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  6. Francis Scott Key Fitzgerald foi responsável por simbolos muito fortes da Era do Jazz, as melindrosas e a própria representação da Era do Jazz por meio de palavras. Ainda hoje estudado, o autor traz aos seus leitores um panorama de como fora a vida da sociedade em um período de grande inovação e sofisticação de costumes. Como nota-se em sua bibliografia, ele estava tão de acordo com essa nova maneira de viver que se casou com uma melindrosa.

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  7. Fitzgerald é considerado um dos maiores escritores americanos do século XX. Suas histórias, reunidas sob o título Contos da Era do Jazz, refletiam o estado de espírito da época. Foi um dos escritores da chamada "geração perdida" da literatura americana.

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  8. Heloisa Rocha Pires 10/11/2012
    Estou encantada pelo livro O grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald. Assim como Hemingway,consegue prender a atenção do leitor desde o primeiro momento, contando como era a organização da sociedade nos anos vinte,seus hábitos e mentalidades. Talvez esse seja o livro da literatura norte-americana mais representativo do sonho americano, na figura de Jay Gatsby.

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  9. Fitzgerald representou em grande estilo a era da geração perdida de 1920. Seus romances e outras obras retratam a sociedade conturbada em que se vivia e mostram a vontade da sociedade em encontrar a liberdade, tanto de expressão quanto de sentimentos e valores pessoais.
    O grande Gatsby mostra o comportamento das pessoas dessa sociedade em conflito e os comportamentos das pessoas de maneira encantadora.

    Leticia

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  10. F. Scott Fitzgerald foi o escritor que dramatizou com maior força a ascensão da modernidade nos Estados Unidos, sendo um dos porta-vozes da sua época, e em suas histórias podemos encontrar um tema recorrente que rodeia os personagens ao longo da narrativa. Apresenta-nos indivíduos ricos, egoístas e a ambiguidade em relação ao amor e ao poder.
    Em uma de suas maiores obra, O Grande Gatsby, um efeito relevante que podemos destacar é a narrativa a partir da perspectiva de Nick Carraway em relação ao personagem principal da obra, Gatsby. Ele é um sonhador que inventa uma identidade e uma história na busca de seu grande interesse na trama: O cobiçado “Sonho Americano”.

    Francisco Reinaldo

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  11. Dentro do romance GATSBY, F.S.Ftzgerald, através de seu porta-voz, o narrador Nick Carraway, relata o comportamento social de sua época segundo a sua própria ótica, segundo a sua própria vivência. Embora o valor de verdade contida em suas narrativas sejam, à princípio, inquestionáveis, há que se ampliar essa noção de sociedade e entender que a nação americana não girava exatamente unicamente em torno somente "dessa" parcela da sociedade.

    Maria das Dores

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  12. Nas palavras de Bradbury, Scott Fitzgerald foi o escritor da década de 1920 que mais experimentou a intensidade da experiência moderna norte americana em todos os seus pormenores...e isso fica muito evidente em O Grande Gatsby.

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  13. O fantástico na obra de F. S. Fitzgerald está em personificar pelos personagens a América do Norte e os seus eternos sonhos.

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  14. Fitzgerald mostrou a sociedade não só como ele a enxergava, mas sim como ela se apresentava na época, decadente, hipócrita e desonesta.
    Sandra Severo

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